Os princípios básicos da Doutrina Espírita são:
- Existência de Deus, inteligência suprema e causa primária de todas as coisas;
- Imortalidade da alma
- Pluralidade das existências ou reencarnação
- Comunicabilidade dos Espíritos ou mediunidade
- Pluralidade dos mundos habitados
Obras de Allan Kardec
Esses princípios, assim como a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida futura e o porvir da humanidade, estão expressos nas seguintes obras de Allan Kardec:
- O Livro dos Espíritos
- O Que é o Espiritismo
- O Livro dos Médiuns
- O Evangelho Segundo o Espiritismo
- O Céu e o Inferno
- A Gênese
- Obras Póstumas (coletânea de escritos compilados por dirigentes da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, após o desencarne de Kardec)
“O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma Ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como Ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como Filosofia, compreende todas as conseqüências morais que dimanam dessas mesmas relações”.Allan Kardec, O que é o Espiritismo, preâmbulo
“O Espiritismo é uma Ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal”.Allan Kardec, O que é o Espiritismo, preâmbulo
O Espiritismo, ou Doutrina Espírita, é o conjunto dos ensinamentos dados pelos Espíritos Superiores a Allan Kardec, com bases científicas e de conseqüências religiosas, devidamente codificadas nas obras por ele publicadas.
O vocábulo ESPIRITISMO, neologismo criado por Allan Kardec, compreende a doutrina transmitida pelos Espíritos e os seus adeptos são os espíritas, ou os espiritistas. Não tem vínculo com cultos de qualquer origem, outros credos, seitas e rituais, pois não resulta de qualquer forma de sincretismo religioso.
Longe de negar ou destruir o Evangelho, o Espiritismo confirma, explica e desenvolve tudo quanto Jesus disse e fez, elucidando pontos obscuros do ensino cristão, tornando mais claras certas partes do Evangelho, que pareciam inadmissíveis, bem como reconhece que a vivência do Evangelho de Jesus Cristo é o objetivo a ser atingido pela humanidade.
Práticas que não fazem parte da Doutrina Espírita
Não existem no Espiritismo diferentes ramificações ou categorias, como “alto” ou “baixo Espiritismo”, “Espiritismo de mesa”, ou outras desse gênero; bem como, não se adota a prática de atos, objetos, cultos exteriores e muitos outros, como:
- exorcismos, sacrifícios de seres vivos, rituais de iniciação de qualquer espécie ou natureza;
- uso de paramentos, uniformes ou roupas especiais, talismãs, amuletos ou outros objetos e coisas semelhantes;
- altares, imagens, andores ou outros objetos materiais;
- práticas de atos materiais oriundos de quaisquer outras concepções religiosas ou filosóficas;
- rituais e encenações extravagantes de modo a impressionar o público, exercícios de cartomancia e outras práticas similares, danças, procissões e atos análogos;
- administração de sacramentos como batizados, casamentos, concessão de indulgências e sessões fúnebres ou reuniões especiais para preces particulares a desencarnados;
- pagamento e ou retribuição de qualquer natureza por benefício recebido;
- hinos ou cânticos em línguas mortas ou exóticas, incenso, mirra, fumo, velas ou substâncias outras que induzam a prática de rituais; e
- qualquer bebida alcoólica.
“O Espiritismo não cria uma nova moral, mas facilita aos homens a compreensão e a prática da moral do Cristo, ao dar uma fé sólida e esclarecida aos que duvidam ou vacilam.”Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 17, item 4
“…não contém alegorias, nem figuras que possam dar lugar a falsas interpretações. A clareza é a sua própria essência, e é isso que lhe dá força, para que atinja diretamente a inteligência. Nada tem de misteriosa, e seus iniciados não possuem nenhum segredo que seja oculto ao povo.”Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 17, item 4
“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para dominar suas más tendências.”Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 17, item 4